Quase dois anos após o início da pandemia de Covid-19 no nosso país, o setor varejista finalmente parece vislumbrar um retorno à normalidade. Embora as restrições impostas tenham influenciado diretamente a performance do setor, com a aceleração da campanha de vacinação a expectativa para a recuperação da demanda e intensificação da competição no varejo aumentou. Dito isso, os varejistas esperam um 2022 igualmente desafiador, porém, com esperança de crescimento.  

A previsão para o setor de bens de consumo e varejo do Brasil é positiva. A EMIS prevê um crescimento nas vendas no varejo brasileiro de 3,6% com relação ao ano anterior em 2021 e 3,8% com relação ao ano anterior em 2022.

Listaremos, a seguir, algumas das tendências para o setor no ano que vem.

  1. ONLINE E OFFLINE: A COMBINAÇÃO DA RETOMADA

Apesar dos empresários do setor varejista estarem investindo bastante em e-commerce, isso não quer dizer que as lojas físicas não são mais relevantes. Muito pelo contrário, existe hoje uma integração crescente entre o físico e o virtual como parte da estratégia omnicanal dos varejistas.

Na era do serviço e da comodidade, é essencial oferecer aos clientes conveniência, com entregas ágeis e diferenciadas, retirada na loja, rastreio dos pedidos em tempo real etc. Integrar o online e o offline nunca foi tão importante! Olhar para o físico deve ser a estratégia dos negócios, inclusive das marcas digitais nativas, uma vez que as operações físicas e digitais nunca mais conseguirão ser separadas.           

  1. SUSTENTABILIDADE PARA ATRAIR NOVOS CLIENTES

Com enorme potencial competitivo, a sustentabilidade continua influenciando de forma consistente as escolhas do consumidor por uma marca. A cada ano a atenção e o debate sobre o tema só aumentam, por isso é fundamental que as marcas entendam esse movimento e se adaptem a ele para se manterem na disputa mercadológica.         

Aposte em práticas sustentáveis e evite qualquer tipo de ação superficial que possa ser considerada greenwashing, ou “lavagem verde”. Esse é o melhor momento para repensar as embalagens, os recursos naturais (água, energia elétrica e desperdícios) e a logística.

  1. TERCEIRA IDADE E SEUS NOVOS HÁBITOS DE CONSUMO

Pesquisas mostram que os idosos, faixa etária que mais cresce no país, estão se tornando cada vez mais ativos financeiramente. O grupo da terceira idade já representa 14% da população brasileira e 20% do consumo no varejo brasileiro.

Considerando essa tendência, é importante ter uma visão a longo prazo para assim desenvolver estratégias mais eficazes para atender esse público.

  1. CONVERSATIONAL COMMERCE

Conversational commerce é uma estratégia que vem crescendo e se refere a qualquer tipo de conversa em tempo real entre marcas e consumidores em aplicativos de mensagens e bate-papo. Com a finalidade de vender ou comprar, é um método que estreita a relação de uma empresa com seus clientes e, portanto, torna as empresas mais acessíveis.

Embora mais comum em regiões como a Ásia, por exemplo, aqui no Brasil e América Latina estamos vivendo um grande momento tecnológico em que essas inovações poderão ser implementadas pelas empresas em um futuro muito próximo.

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Gabriela Resende

Redatora